Legal Mutations in Election Law: repercussions for the validity and repeat of elections

Authors

  • João Andrade Neto Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais - TRE, Minas Gerais, (Brasil)
  • João Andrade Neto Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais - TRE, Minas Gerais, (Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.53323/resenhaeleitoral.v21i1.90

Keywords:

Legal mutations, Invalidation of election, Repeal of elections, Supplementary elections

Abstract

This essay deals with the Brazilian system of laws on the validity and authenticity of elections. Its purpose is to analyse two cases of legal mutation regarding the interpretation and application of article 224 Electoral Code, which authorizes the Election Justice to invalidate and call for the repeat of elections. By analogy to the concept of constitutional mutation (JELLINEK), legal mutation are defined as changes in infra-constitutional norms that do not result from authoritative alteration passed by the legislative body. They are the result of the interpreters’ activity instead, although these interpreters do not show awareness of the process. The first case the essay analyses consists in the reduction of the admitted causes for invalidating the election in the entire electoral jurisdiction; the second consists in the disappearing of the appeals of invalidation. The current understanding of the Superior Election Court on these matters, stated in ED RESPE 139-25, judged 2016, derives from these mutations. In this case, the Court ruled that elections must be repeated only if elected candidates have their registration or mandates denied or cancelled by the Election Justice. Comparing specialized literature and case-law from before and after the Federal Constitution, this essay demonstrates that the current practice and understating on these matters were set without properly overruling the preceding conception.

Author Biographies

João Andrade Neto, Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais - TRE, Minas Gerais, (Brasil)

Doutor em Direito com distinção (Summa Cum Laude) pela Universität Hamburg (UHH) / Fakultät für Rechtswissenschaft. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Linha de Pesquisa Poder e Cidadania no Estado Democrático de Direito, com ênfase em Direito Constitucional, Eleitoral e Teoria do Estado. Analista Judiciário no Gabinete V da Assessoria Jurídica dos Juízes Membros do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Professor de Direito Constitucional e Eleitoral.

João Andrade Neto, Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais - TRE, Minas Gerais, (Brasil)

Doutor em Direito com distinção (Summa Cum Laude) pela Universität Hamburg (UHH) / Fakultät für Rechtswissenschaft. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Linha de Pesquisa Poder e Cidadania no Estado Democrático de Direito, com ênfase em Direito Constitucional, Eleitoral e Teoria do Estado. Analista Judiciário no Gabinete V da Assessoria Jurídica dos Juízes Membros do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Professor de Direito Constitucional e Eleitoral.

References

ALVIM, F. F. Integridade eleitoral: significado e critérios de qualificação. Revista Ballot, v. 1, n. 2, p. 213-228, 2015.

ANDRADE NETO, J. Controle e Judicialização das Eleições: A legitimidade de juízes e tribunais eleitorais para decidirem “questões políticas”. In: MORAES, F.; SALGADO, E. D.; AIETA, V. S. (Eds.). Justiça Eleitoral, Controle das Eleições e Soberania Popular. Curitiba: Íthala, 2016a. p. 277-315.

_________. Participante ou observador? Uma escolha entre duas perspectivas metodológicas de estudo e aplicação do Direito. Revista Direito GV, v. 12, n. 3, p. 869-891, dez. 2016b.

BRAMRAITER, J. Os Reais Efeitos do Voto Nulo na Atualidade e seu Reflexo para o Regime da Democracia Representativa no Brasil. Revista Estudos Legislativos, v. 7, n. 7, p. 61-93, 2013.

BRASIL. Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965. Institui o Código Eleitoral. D.O. de 19 jul. 1965, p. 6746.

_________. Tribunal Superior Eleitoral. Acórdão 5.361 no Recurso Especial Eleitoral 4.005 / AL, de 5 abr. 1973. Relator: Min. Márcio Ribeiro. Boletim Eleitoral, vol. 263, Tomo 1. Brasília, DF, 1973a.

_________. Tribunal Superior Eleitoral. Agravo de Instrumento 4.069 / SP, de 27 set. 1973. Relator: Min. Carlos Eduardo de Barros Barreto. Boletim Eleitoral, vol. 268, Tomo 1. Brasília, DF, 1973b.

_________. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. DOU, 5 out. 1988, p. 1.

_________. Tribunal Superior Eleitoral. Acórdão 10.854 no Recurso Especial Eleitoral 8.404 - PR, de 17 ago. 1989. Relator: Min. Romildo Bueno De Souza. Diário de Justiça, 13 out. 1989. Brasília, DF, 1989a.

_________. Tribunal Superior Eleitoral. Acórdão 10.501 no Recurso Especial Eleitoral 8.152 / SC, de 28 fev. 1989. Relator: Min. Antônio Vilas Boas Teixeira de Carvalho. Diário de Justiça, 10 mar. 1989. Brasília, DF, 1989b.

_________. Tribunal Superior Eleitoral. Mandado de Segurança 2624 / AM, de 5 mai. 1998. Relator: Min. Eduardo Andrade Ribeiro de Oliveira. DJ, 29/6/1998, p. 71. Brasília, DF, 1998.

_________. Tribunal Superior Eleitoral. Acórdão no Recurso Especial Eleitoral 21.141 / GO, de 15 mai. 2003. Relator: Min. Fernando Neves da Silva. Diário de Justiça, 29 ago. 2003. Brasília, DF, 2003.

_________. Tribunal Superior Eleitoral. Acórdão no Mandado de Segurança 147.854 / SC, de 20 mar. 2012. Relator: Min. Marcelo Henriques Ribeiro de Oliveira. Diário de Justiça eletrônico, Tomo 96, 23 mai. 2012. Brasília, DF, 2012.

_________. Tribunal Superior Eleitoral. Embargos de Declaração no Recurso Especial Eleitoral 139-25 / RS, de 27 nov. 2016. Relator: Min. Henrique Neves da Silva. Publicado na sessão de 28 nov. 2016. Brasília, DF, 2016.

BULOS, U. L. Da reforma à mutação constitucional. Revista de informação legislativa, v. 33, n. 129, p. 25-43, jan./mar. 1996.

CRUVINEL, D. M. Judicialização da política e ativismo judicial: um esforço pela organização do cenário. Dissertação (mestrado). Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 2013.

ESPÍNDOLA, R. S. Justiça brasileira contramajoritária e soberania popular: a democrática vontade das urnas e a autocrática vontade judicial que a nulifica. Eleições & Cidadania, v. 4, n. 4, p. 98-125, 2012.

GOMES, J. J. Invalidade no direito eleitoral: nulidade e anulabilidade de votos. Revista Brasileira de Direito Eleitoral, v. 1, n. 1, p. 63-104, jul. 2009.

_________. Direito eleitoral. 4. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo, SP: Del Rey, 2010.

_________. Direito eleitoral. 12. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo, SP: Gen, Atlas, 2016.

GRESTA, R. M. et al. Por que a Lei da Ficha Limpa incide sobre situações jurídicas constituídas antes de sua vigência: duas objeções superadas. In: SOARES, I. A. N. et al. (Eds.). Coletânea de Artigos Jurídicos NAP 2011. Curitiba: CRV, 2012.

GUIMARÃES, T. Urna que quebrou e perdeu 287 votos pode mudar a eleição em SC. Folha de S. Paulo, São Paulo, 31 out. 2014. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1541083-urna-que-quebrou-e-perdeu-287-votos-pode-mudar-eleicao-em-sc.shtml>. Acesso em: 20 mai. 2017.

JELLINEK, G. Reforma y Mutación de la Constitución. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales, 1991.

JORGE, F. C. A ação eleitoral como tutela dos direitos coletivos e a aplicação subsidiária do microssitema processual coletivo e do Código de Processo Civil. In: TAVARES, A. R.; AGRA, W. de M.; LUCON, P. H. dos S. (Eds.). O Direito Eleitoral e o Novo Código de Processo Civil. Belo Horizonte: Fórum, 2016. p. 456.

MELLO, M. B. de. Teoria do Fato Jurídico: Plano da validade. 7 ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006.

NEISSER, F. A Ação de Ressarcimento de Danos Causados à União no Caso da Anulação de Eleições pela Justiça Eleitoral. In: AGRA, W. de M.; PEREIRA, L. F.; TAVARES, A. R. (Eds.). O Direito Eleitoral e o Novo Código de Processo Civil. Belo Horizonte: Fórum, 2016. p. 422-466.

PEDRA, A. S. Teoria da mutação constitucional: limites e possibilidades das mudanças informais da constituição a partir da teoria da concretização. Tese (doutorado em Direito). São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), 2009.

PEDRON, F. Q. Mutação constitucional na crise do positivismo jurídico: história e crítica do conceito no marco da teoria do direito como integridade. Belo Horizonte: Arraes, 2012.

PERÍCIA em urna de Içara pode mudar resultado de deputados eleitos em SC. G1, 31 out. 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/10/pericia-em-urna-de-icara-pode-resultar-em-troca-de-politicos-eleitos.html>. Acesso em: 10 mai. 2017.

REIS, M. J. O Novo §3o do art. 224 do Código Eleitoral e a posse do segundo colocado. Eleições & Cidadania, v. 4, n. 4, p. 343-364, 2012.

RIBEIRO, F. Direito Eleitoral. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1988.

SALGADO, E. D. Princípios constitucionais eleitorais. Belo Horizonte: Fórum, 2010.

SCHREIBER, A. Novos paradigmas da responsabilidade civil: da erosão dos filtros da reparação à diluição dos danos. São Paulo: Atlas, 2013.

VECCHI, C. B. Mutação constitucional: A origem de um conceito problemático. Dissertação (mestrado em Direito). Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), 2005.

ZILIO, R. L. Nulidade dos votos no sistema proporcional: eficácia e efeitos da decisão judicial. Revista Brasileira de Direito Eleitoral, v. 5, n. 8, p. 91-120, jan.-jun. 2013.

_________. Direito Eleitoral. 5. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2016.

Published

2017-01-01

How to Cite

ANDRADE NETO, J.; ANDRADE NETO, J. Legal Mutations in Election Law: repercussions for the validity and repeat of elections. Resenha Eleitoral, Florianopolis, SC, v. 21, n. 1, p. 69–94, 2017. DOI: 10.53323/resenhaeleitoral.v21i1.90. Disponível em: https://revistaresenha.emnuvens.com.br/revista/article/view/90. Acesso em: 7 sep. 2024.